4-Destruição de um tesouro patrimonial

Esse grupo em torno da prefeitura de Bacuri, acaba de chegar a um novo crime de roubo e destruição de objetos patrimoniais, violência e ameaças na comunidade, irregularidade da polícia, roubo e desrespeito da nossa pesquisa, desrespeito da Autoridade Federal. O que aconteceu no sábado é um crime bárbaro.
O prefeito de Bacuri demonstra mais uma vez que estabeleceu nessa região uma política sem fé nem lei, contra as comunidades, mas também contra esse tesouro patrimonial, evidenciado pela pilhagem da polícia no lugar de Portugal (MA), e apreensão de todos os objetos arqueológicos e históricos, abandonados e parcialmente destruídos na praça publica de Bacuri, ao alcance de qualquer depredação ou roubo.
A prefeitura de Bacuri não tem direitos sobre esses objetos.

Nessas fotos já vimos um grande número de objetos danificados durante a manipulação brutal e inconsciente da polícia.
Como evidenciado por esses áudios de pessoas presentes.

Esses depoimentos expressam a revolta e a incompreensão de todos os quilombolas do município de Bacuri.
Esse tratamento bárbaro dos objetos que testemunham o passado de seus ancestrais é um insulto aos descendentes que nunca foram capazes de sair do jugo desses modernos comerciantes de escravos.
Os políticos substituíram os negreiros, mas são ainda mais fortes porque controlam no nível maranhense todas as armas de repressão: a polícia, o sistema judiciário, a mídia.
Portanto, uma ameaça policial, um julgamento ou difamação da mídia é suficiente para desencorajar qualquer tentativa de emancipação.
Nesta região, os quilombolas de hoje não são mais vítimas de um mestre, mas de um sistema inteiro. Mesmo um quilombo não seria mais possível hoje, porque seria imediatamente reprimido por essas armas de escravidão em massa.

Transcrição desses depoimentos:
Quilombola: Essas peças foram jogados todos na frente da Assistência social, (escritório da Klíssia) na frente do mercado. Tudo esta la no chão.
Dominguas: Essas peças se amanhecer na porta da Assistência social. A Klissia me falou que esteve pessoas que ficaram de pegar essas peças desde de ontem. Não pegaram ontem e hoje que eles pegaram e como estava fechada a secretaria eles jogaram na rua e amanhecer de outra lado da rua. As pessoas começaram atirar fotos e postar.
Dédé: Oi que aconteceu. Eles pegaram os ferros daqui tudinho,  chegavam aqui na frente da assistência social de não sei de que é, la em Bacuri. Jogaram aqueles assim, despejaram como se fosse um lixo que não tivessem valor. Verdade. Agorinha minha amiga me ligava furiosa, mas furiosa mesmo, eles dizem que não vão correr agora e normalmente hoje de tarde pra Portugal e a gente vai ter que da assumir isso.
A Valdirene me ligou e ja diz que terça-feira pra gente ta la sem falta em Bacuri. E a gente vai buscar que é da gente e você vai ter em primeiro lugar, você é aplaudido pela comunidade. Eu te garante. Você vão ser aplaudido pela comunidade. Então que eles fizeram de errada pra gente vai ocorrer pra eles. Porque não trouxeram mandato de juiz, ne do promotor, nem da Iphan, nem da polícia federal.
Então, mais um crime. Como Valdirene me falou, mais um crime. Então vamos aguardar onde acontecer. Não te pronuncie com a cabeça quente. Não fique com a cabeça quente. So faz parte, corre, e busca, e vamos botar esse banda de miseráveis na cadeia. Ta bom ?

Valdirene: Quando eles estavam la (a polícia), estava aqui perguntando: se eles tem mandato? Se não estiver o mandato, não tira, não emprega, porque sem mandato eles não pôde entrar na casa nem levar um desses produtos. Não entrega. Inclusiva a Suzian ficou chatiada. Ela falou comigo, que eles entregaram sem falar com ela pra tomar a decisão. Que eles ligaram pra ela e ir pra la e não deixava. Foi que ela me disse. Que ela nunca deixar. Sem ordem judicial ela não ir. Porque o promotor somente ligou para as policiais para buscar as coisas la. Então pra me Magnólia essa i é …
Nossa! Tem uma causa, vamos tenho que descobrir o real motivo que é a pessoal real que estava por trás de tudo isso e é que eu tentando saber. Eu tentando saber de fato que são, porque, de fato, isso acontecendo.
Porque que esta prejudicada mesmo, que vai ser prejudicada, é a comunidade. Porque eu acredito assim. Que você ajudaram a comunidade, orientaram a comunidade. Porque se não fosse vocês, eles não descobrir como estão esses manobras, usados como manobras, principalmente por esse Batista filho e a equipe dele la.
Então eu fiquei bastante chatiada, e mais chatiada ainda porque não é porque as pessoas são negros, é de interior. Esses pessoas do interior não conhece seus direitos, caramba! Televisão, esta pra isso. Se você só assistir aos novelas
(repetido três vezes). Tem que assistir jornais, tele-jornais, documentários, que te mostro qual é teu direito, o direito da polícia, enfim.
Mais é incrível! Incrível! Mas como ja falei pra eles todos forças pra ajudar e pra dar suporto irmã. Não ta fácil também pra me Magnólia. Não esta fácil. Pode te dizer que a coisa esta bem complicada pra me também.


Suzian, Presidente da Associação Quilombola de Portugal, não havia sido avisada porque o marido da « mulher maravilha » fazia tudo para não divulgar sua presença. Ele tinha ordens para impedir qualquer reação da comunidade, incluindo violência. Nelson, que tinha as chaves da casa, foi ameaçado e trancado no carro para não avisar os outros moradores.
Esses áudios também mostram que a Klíssia é a executora mandata pelo prefeito, para realizar essas novas ações ainda mais criminosas que as anteriores.
Seria um escândalo e uma vergonha para todo o Brasil, se esses responsáveis não fossem condenados por esse sacrilégio e por essa violência impune demais.
Mas essa ação criminosa não poderia ser feita sem a cumplicidade de Pablo, do Iphan, que convidou a Klíssia para participar na fiscalização dos objetos dentro nossa casa, trazendo-lha assim alguma credibilidade. É também ele quem não se dignou a buscar a solução para preservar esses objetos de um massacre anunciado, como muitos habitantes de Bacuri puderam constatar-lo e fotografá-lo no sábado na grande praça.
Sob as ordens da Klíssia, os objetos que estavam protegidos dentro nossa casa de Portugal e sob a responsabilidade da comunidade foram jogados como lixo pela polícia na praça pública de Bacuri.
Agora a comunidade de Portugal vive aterrorizada e não acredita mais em a intervenção federal. Eles se sentem como nós, abandonados, porque não vêem nenhum sinal de ação contra esse esquema que continua impunemente suas irregularidades, sua violência, suas ameaças e seus roubos.

Nós tememos que a comunidade, por medo de represálias, acabe se submetendo, assim como seus antepassados, escravos forçados.

Sequência de eventos  
No sábado, 16 de março 2019, policiais da Polícia Civil e Policia militar de Bacuri, armados com metralhadoras e granadas de pimenta, espalharam o terror na comunidade de Portugal.

Eles não têm mandado, mas pretendem intervir nas ordens telefônicas do Promotor de Bacuri, que lhes deu carta branca para atirar e matar em caso de resistência.
Seu objetivo: recuperar em nossa casa o resto dos objetos que não foram retirados durante a primeira apreensão.
Eles também estão na trilha de quem fez as fotos durante sua última tentativa fracassada, e insistem que Magnólia os visite...
A mensagem é clara: ameaçar e reprimir, todos aqueles que são um obstáculo à sua rede de corrupção e desvio de subsídios concedidos aos Quilombolas.
O roubo desses objetos, resultado de nove (9) meses de pesquisa, é o objetivo principal deles para Justificar sua dominação nessa região e demonstrar sua capacidade de semear o terror.
O símbolo da existência da escravidão nessa região, é a condição necessária para receber os subsídios concedidos aos descendentes de escravos.
Como mostram essas imagens terríveis do crime, a história dessa região, a herança brasileira, a pesquisa arqueológica e etnográfica não é o foco da preocupação deles.
Eles só querem nos eliminar da região para melhor exercitar sua escravidão moderna e continuar a explorar uma comunidade servil e frágil.
A polícia chegou armada de metralhadoras com a intenção de matar em caso de resistência da comunidade. 

Alguns extratos dos mensagens WhatsApp da Comunidade que testemunham o estado de desânimo e pânico atualmente em Portugal.
« A polícia civil voltou com muita força, sem mandato, com metralhadoras e levou todos os objetos. Eles também pediram que Magnólia viesse para vê-los, sem dúvida, para matar ela.
Eles também insistiram em quem fez as fotos durante as intervenções policiais, certamente para fazer ameaças ou pior.
Valdirene Chagas, da Fundação Palmares, telefonou para esses policiais. Eles responderam que não queriam falar com ninguém e que essa ordem chegou até eles por telefone do juiz e do promotor? é grande banditismo.
Nelson disse que eles não tinham nem um papel e só falava do telefone do promotor. Não quiseram falar com a Valdirene. Pegaram o material sem nem um cuidado e colocaram em cima da caçamba da prefeitura. Eram 3 policiais e os ajudantes pra pegarem os ferros. O que chefiava er a o.mesmo que veio com a « mulher maravilha » da outra vez. Eles disseram que a ordem do promotor era pra enfrentar qualquer resistência e armada, matar se preciso.
Rosinha disse que eles colocaram o seu Nelson dentro do carro dele so amaeaça de força, permitiu somente Nelson chamar o Pau Duro sem descer do carro
Disse que agora tarde eles estão lá retirando pau e palhas pra fazer um barracão lá pro São Felix e vai ter reunião.
Tão todos na sede do Antonio em São Felix. Mandaram tirar pau e palhas pra fazer um barracão lá no sumidouro e que vão distribuir sexta básicas. »

Terras Quilombolas e subvenções. 
Tudo começou com a vontade do prefeito de Bacuri de recuperar a quantidade máxima de terras para declarar « terras quilombolas », sob o controle de seus associações fantasmas, o que lhe permitiria receber subsídios concedidos pela União. As comunidades seriam, obviamente, excluídas, como para todos os projetos anteriores que foram financiados a montante, mas nunca foram realizados.

São Felix, uma história ligada com Curupatíua.
O caso de São Felix é típico. Esse lugar foi assim chamado pelo seu antigo dono (Torquat) em homenagem à sua fazenda. São Felix, com suas 5 casas, não representa nenhuma comunidade, mas historicamente faz parte do Curupatíua, que inclui as localidades de São Felix, Estaleiro, Portugal, Caratatíua, Jabatitíua.

Uma compra duvidosa.  
A maioria das terras de São Felix tem sido duvidosamente comprada pelo advogado carioca Antonio Silva Pereira, próximo ao prefeito Washington Luís de Oliveira. Mas, para declarar essas terras como Quilombo, eles precisavam de provas históricas da existência da escravidão em São Felix.
Como explicar a compra por um homem branco, não descendente de escravos, de terras em território quilombola?

Exploração da nossa pesquisa.  
Sem o nosso conhecimento, usaram a nossa descoberta do sumidouro em 2016, depois as nossas escavações em 2018-19, para precipitar-se (o vereador Aldeir Cardoso Ferreira e Tuca, filha da Irene) em dezembro de 2018 em São Luís, no sede da Fundação Palmares e para encontrar seu representante, Alan Ramalho. 

Pesquisas falsas.
Eles alegam ter recebido o certificado necessário antes da titularização graças à suposta pesquisa da Klíssia, que não é etnólogo, mas secretário do escritório de assistência social da prefeitura de Bacuri.
Os habitantes históricos das terras de São Felix, como Bijuba ou João, nos contam nesse vídeo que nenhum pesquisador, exceto os membros da Homme Nature, veio a São Felix. Eles nunca haviam conhecido ou ouvido falar dessa Klíssia, antes que Antonio e seus cúmplices, Aldeir, o prefeito de Bacuri etc ... decidirem criar um « Quilombo » para recuperar os subsídios estaduais e federais.

Video https://youtu.be/DiIC-k3djaQ« Pesquisadora » invisível


Bijuba e João, moradores de São Félix, vinham todos os dias para acompanhar o andamento das escavações. Eles nunca ouviram falar da Klíssia, nem de pesquisas históricas, etnográficas, arqueológicas ou sociais, exceto nosso trabalho etno-arqueológico desde 2016, no qual colaboraram com paixão.

Uma descrição completa dos objetos. 
A pedido do Iphan, enviamos uma descrição muito precisa de todos os objetos que descobrimos, não apenas durante nossas escavações no sumidouro, mas também aquelas que nos foram oferecidas pelas comunidades até Viseu, no Pará. 

Pablo e sua cúmplice Klíssia
 Pablo no centro com o capacete, ao seu lado Klíssia. 
Com o nosso acordo, o Iphan enviou Pablo, um antropólogo, para fazer o inventario do que não foi levado durante a apreensão irregular da policia. Ele havia prometido buscar todos os objetos apreendidos e nos confiar todos os objetos para serem os guardiões, o que é uma cláusula na legislação do Iphan.
Resultado: Pablo entrou em nossa casa na presença dos membros desse grupo, incluinda Klíssia que esta por trás das denúncias caluniosas e falsas ao Ministério Público de Bacuri.

Não assistência a objetos em perigo.
 Paliçada do nosso jardim destruída durante a primeira intervenção da polícia.
O papel da Iphan é preservar o patrimônio. Ainda Pablo fez nada para proteger os objetos que estavam ameaçados, ou pela destruição do portal e da cerca do jardim. Ele fez nada para impedir o prefeito de tentar recuperá-los por qualquer meio, incluindo violência e mentiras.
Se a comunidade não mantivesse nossa casa dia e noite, e se não tivesse impedido a polícia de apreender todos esses objetos, o resultado da nossa pesquisa teria sem dúvida caído no esquecimento.
Mas algumas semanas depois, todos os objetos foram roubados e parcialmente destruídos pela polícia, que recebeu o mandato de matar, conforme explicado no início do artigo.

Traição do Pablo

Pablo, com Klíssia ao seu lado culpada de invasão domiciliar, tira fotos dentro do local dos objetos.
Sabemos através a Valdirene que o Pablo é cúmplice do prefeito de Bacuri nas tentativas ilícitas de recuperar os objetos para o benefício da prefeitura de Bacuri e, portanto, do seu projeto pessoal em São Felix.
Todos esses objetos que contam a história inédita dessa região, se cairem em sua posse. É um benefício para enriquecer e constituir seu arquivo de pesquisa inexistente até agora.
Por que esse prefeito sempre recusou, desde 2016, qualquer proposta de colaboração?

Razões para essa conspiração contra nós. 
O interesse da nossa pesquisa inédita sobre a história oculta dessa escravidão, a vontade deles de roubar o resultado de nossas descobertas, de perturbar nossa amizade, colaboração e proximidade com as comunidades, de destruir nossa vontade para criar com a comunidade um Quilombo « Curupatíua », único referência histórica legítima desarmando os interesses pessoais desse esquema, são as principais razões do objetivo deles em nos eliminar.
Eles usam a máquina administrativa e algumas mídias para destruir nossa imagem na comunidade.
Para ter a liberdade e o poder continuar a desviar o dinheiro público reservado as comunidades quilombolas, eles estão nos ameaçando e ameaçando todos aqueles que se envolvem conosco.
A Magnólia devia permanecer escondida em São Luís oito (8) meses, sem a possibilidade de sair para evitar ser assassinada, e não podemos entrar em contato com parceiros financeiros o que permitiria continuar o projeto.
Enquanto a situação não tiver sido oficialmente esclarecida, e esse grupo posta fora de perigo, nossa vida sempre será ameaçada e nosso projeto « memórias dos naufrágios e da escravidão » suspenso.


12  artigos que explicam tudo em detalhes
Explicamos em detalhes nos 11 artigos desse blog todas as mentiras e irregularidades cometidas por todos os atores desse esquema.
 

1-vítimas de uma conspiração
2-Resposta a « nova pirataria francesa em comunidades quilombolas »
3-Destruição de um tesouro patrimonial
4-Irregularidades jurídicas e policiais
5-Policial « mulher maravilha » continua com suas ações ilegais
6-Nossa revolta está crescendo
7-Klíssia Jessica Fonseca Ferreira
8-Ed Wilson Aráujo
9-Por suas mentiras, Ed Wilson Araújo é premiado
10-Pablo o ex-funcionario do Iphan

11-a feira dos opportunistas
12-Mentiras do diabo